Enquanto o tempo conduz os dias que me parecem intermináveis, clamo por tua alma junto a minha. Foi também o tempo que determinou a despedida.
Era tarde, tanto de primavera quanto tarde para se amar. Havia a ilusão perdida, feridas que não fechavam e cicatrizes dolorosas... Lembrava o passado, uma fixação, entorpecimento, desdita. Os sonhos, utopias, buscas intermináveis de uma realidade ficcional e inatingível. Por que nos ensinam a sonhar? Por que nos contam histórias onde tudo é para sempre?
O que é o "sempre"? Por que ser sempre se o que nos pertence é o devir?
Caso tivéssemos essa consciência, percepção de mudanças contínuas, como estações indefinidas, nos aventuraríamos mais, permitiríamos Ser.