"No mito de Psique e Eros, Psique não se dá conta do profundo erro que comete quando tenta "ver" o verdadeiro Amor, em vez de "confiar" nele." Clarissa Pinkola Estés
Meu Diário
17/12/2010 09h22
Devir
                Enquanto o tempo conduz os dias que me parecem intermináveis, clamo por tua alma junto a minha. Foi também o tempo que determinou a despedida.
                Era tarde, tanto de primavera quanto tarde para se amar. Havia a ilusão perdida, feridas que não fechavam e cicatrizes dolorosas... Lembrava o passado, uma fixação, entorpecimento, desdita. Os sonhos, utopias, buscas intermináveis de uma realidade ficcional e inatingível. Por que nos ensinam a sonhar? Por que nos contam histórias onde tudo é para sempre?
                O que é o "sempre"? Por que ser sempre se o que nos pertence é o devir?
         Caso tivéssemos essa consciência, percepção de mudanças contínuas, como estações indefinidas, nos aventuraríamos mais, permitiríamos Ser.

   

Publicado por Wanderlúcia Welerson Sott em 17/12/2010 às 09h22


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