"No mito de Psique e Eros, Psique não se dá conta do profundo erro que comete quando tenta "ver" o verdadeiro Amor, em vez de "confiar" nele." Clarissa Pinkola Estés
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Formas de Amar

 

Entendo muito do Amor que sinto. É intenso, cativante, verdadeiro. Quando amo, me entrego. Expresso o que penso, falo, escrevo, declaro. É assim que sei amar! Mesmo que depois eu me arrependa, naquele momento eu amei...

Mas, como quem muito observa, acaba elaborando conceitos, acabei encontrando alguns para os sentimentos que percebo.

Há pessoas que nunca se entregam... Têm medo de amar... Ou porque um dia amaram e sofreram, ou simplesmente se fecharam dentro de suas armaduras, negando sentimentos que apodrecem lentamente até sufocar e tornar o ar insuportável. São amargas e perdem o desejo pela vida. Amor é sinônimo de vida!

Outras, dizem amar, mas não se entregam. Iludem, despertam paixões e se alegram com a entrega do outro. Vibram com os corações que conquistam, e partem como o vento. Deixando um rastro de lágrimas e dor. Não conhecem o significado da entrega e buscam desesperadamente o que não encontram em si mesmas. Passam a vida de forma superficial, tornam-se insaciáveis e, portanto, infelizes. Uma busca que cega e impede a percepção de sentimentos que poderiam despertar mais do que o desejo.

Há as que têm receios... E que até amam, mas não conseguem viver o amor. Fecham-se em suas realidades e, quando, através de uma fresta, visualizam e sentem amor por alguém, fogem. Não ousam correr riscos... Muitas vezes deixam ir quem, certamente, poderia lhe trazer momentos de muita felicidade. Uma entrega total e absoluta, dessas que provocam marcas definitivas e que muitas vezes teriam cunho de eternidade. Com o tempo, lamentam a perda, mas já não têm tempo ou meios para retornar. Fica sempre uma sensação definitiva de perda. O que poderia ter sido... A dor de um amor não vivido.

E, sem a pretensão de minimizar um sentimento tão completo e, portanto, tão complexo, existem ainda pessoas que se entregam. Amam intensamente! Mesmo que por momentos, são felizes e, podem recordar com alegria o que viveram.

 

 

 

Wanderlúcia Welerson Sott
Enviado por Wanderlúcia Welerson Sott em 29/05/2008


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