SER humano...
Assusta-me e encanta-me a complexidade humana...
Um somatório de sensações, valores e impressões. Experiências que acumulamos conscientes ou não e que se tornam fortes alicerces de tudo que somos.
Buscamos uma felicidade utópica que se resume há momentos. Muitos deles passam sem que percebamos. Estamos tão envolvidos com desejos distantes e inatingíveis, que nos esquecemos de dar o devido valor as pessoas e situações que realmente importam.
Nosso desejo pelo que a de vir nos impede de vislumbrar o momento presente e caminhamos inseguros por trajetórias que não queremos conhecer. Não percebemos paisagens, as transições do dia, mudanças de tempo... Não nos damos conta da dor do outro, ocultamos medos, nos entregamos a vícios e nos queixamos inúmeras vezes de uma realidade que mal conhecemos.
Há pessoas que optam por viver toda uma existência como se fossem imutáveis. Pergunto-me sempre: O que conhecem de si mesma? Não conseguem vislumbrar evoluções e mudanças de comportamentos, circunstâncias, atitudes, queixam-se sempre e muito de tudo e de todos, sem jamais perceber o grande equívoco que cometem quando depositam no outro sua realização e felicidade.
Não tenho respostas, mas sei que buscar a si mesmo é uma forma concreta de caminhar com o mínimo de segurança necessária. Quando me conheço, percebo minhas mazelas, dúvidas, imperfeições e virtudes, consigo observar melhor o que me rodeia, a valorizar mais o que a vida me oferece.
O certo é que não existem fórmulas, cada um de nós precisa de temperos, soluções e ingredientes diferentes. E é exatamente isso que me encanta. Essa complexidade belíssima e confusa que faz do ser humano um aprendiz da vida.