É óbvio que se pudéssemos escolher
Só trilharíamos caminhos de flores,
Tocaríamos rosas sem espinhos,
Todos os nossos planos se realizariam.
Nossos entes queridos nunca partiriam.
As pessoas que amamos, não iriam embora.
Determinaríamos cegamente “escolhas”.
Sofreríamos menos de Amor.
Nesse manancial de alegrias,
Vagaríamos, “displicentemente”
Desavisados... Sem dor...
E como errantes, continuaríamos,
Alienados aos nossos desacertos.
Contrariando toda a natureza
Que indica que é necessário
Destruir para que se construa...
Errar para se aprender...
Transgredir para mudar...
Provocar para acontecer...
Descer ao fundo do poço, para submergir...
Mudar, para nascer o novo...
Morrer, para ressurgir...
Chorar, para aliviar a alma...
Sofrer, para fortalecer...
Libertar, para ser amado...
Amar, para entender que o outro,
É livre se quiser partir.
Aprender...
Que quando estamos perdidos,
Lamentando fatos acontecidos,
Estamos, carinhosamente, sendo
Lapidados pela vida.