Espalhei partes de mim por essa estrada,
Esvaziando-me de sentimentos que não imaginava existir.
Foram abraços, carinhos, afetos sinceros
Preenchiam os espaços que ficavam.
Dores, abandonos que ensinaram-se a cautela e medo.
Nada muito, mas o necessário.
Momentos em que me senti curvar,
Outros em que o amor amparava.
Na solidão travei batalhas em busca do equilíbrio.
Frágil...como um casulo a mercê das condições do tempo.
Forte... como borboleta ao romper o vento.
Livre...para efetuar escolhas e redirecionar caminhos.
Presa... a todos os sentimentos de amor enquanto fui evoluindo.
Quantas noites escuras e sombrias...
Quantos dias claros e belos...cheios de esperanças.
Hora, caminhando a ermo em busca de amparo.
Outras...servindo de esteio, alicerce e ombro.
O que é a vida senão uma sucessão de sentimentos?
Todos essenciais e incertos...
Nunca sabemos o que esperar do coração humano.
Uma articulação densa,
Que destrói e transforma.
No amor a entrega...
Na solidão o medo e a espera...
No amor o delírio...
Na solidão desafio.