Dentro de mim existem oásis e desertos.
Belos são os dias em que me encontro aberto
Oferecendo água a quem chega
Sombra a quem se faz cansado.
Alento a quem se entrega ao colo.
Longos são às horas em que necessito amparo.
E que mal enxergo as dunas que se fazem em meu peito.
Perdida entre grandes desacertos.
Sigo só, na busca da água que me sacie a sede
Há quem me olhe e diga:
Ela é forte...isso vai passar!
Mas, não se atreve a chegar perto do porto
Que outrora lhe servira de amparo,
E se dele de novo precisar?
E sigo,
Sedenta e só...
Como tem sido...
Quando me encontro a beira de um abismo.
Elevo meus olhos ao Senhor da Vida
Amparo certo e seguro!
E encontro em seus braços,
Água e alimento necessário para retornar
Forte e verdadeira,
Acolhendo novamente quem procura.
Água, alento, afago, amor, doçura!