Saudade
Há algo vago, vazio...
Espaço que jamais será preenchido.
Invadiu meu corpo com sua presença
Sabia olhar por entre frestas
Descobrir minha alma
Olhando-me os olhos.
Toque leve na pele
Arrepio fio e frio
Coração aquecido
Sentimento de amor.
É feliz quem pode recordar
Sem lamentos
Sem maiores tomentos
Instantes...
Breves momentos...
Que de distantes e intensos
Tornam-se vivos.
Ao cerrar dos olhos.
Ao sol que aquece a alma
À tarde que a saudade instaura
A noite que a Lua implora
A presença
O corpo
O abraço que envolvia.
Tristeza tão contrária ao instante vivido
Não se deve lamentar a saudade
Um sintoma de felicidade
Quem sabe efêmero... passageiro
Contudo, intenso e eterno
Como marca definitiva e profunda
Que alimenta e provoca o desejo
Que se perpetue
Se instaure
Que se torne vida!
Wanderlúcia Welerson Sott
Enviado por Wanderlúcia Welerson Sott em 10/07/2009