Gratidão
Não me esqueci de sua dor Senhor, nem dos motivos que o trouxeram a este mundo. Não me esqueci de que ensinastes o amor, nem que o levaram a morrer tão cruelmente. Não me esqueci do que dissestes quando, crucificado e já quase sem vida, pedistes o perdão a Deus porque não sabíamos o que estávamos fazendo. Nunca soubemos...
Nossas almas, apesar das inúmeras experiências e lições vividas, ainda permanecem infantis. Ainda não conseguimos encontrar na dor, o aprendizado; nas lágrimas, a expressão de sentimentos; nas pedras, o necessário para a construção de nossos sonhos; no próximo, nosso maior desafio; no desafeto, o irmão que ensina.
Não me esqueci da gratidão que a humanidade deveria demonstrar por tão louvável exemplo de vida, como também não me esqueci de agradecer as dádivas que, mesmo imperceptíveis, tornaram-se tão valiosas aos olhos do tempo. Quem sabe, ainda não saibamos verbalizar ou mesmo sentir o que queremos e deveríamos dizer? Quem sabe, nossas ações ainda são resultado do “homem velho” que ainda insiste em resistir a mudanças? Quem sabe nosso orgulho ainda seja maior do que o amor expresso por Ti?
Não me esqueci Senhor, e coloco-me aos teus pés, como criança que traz consigo o medo e, com o coração transbordando de gratidão, entrego-lhe os meus sonhos e todo meu Amor!
Wanderlúcia Welerson Sott
Enviado por Wanderlúcia Welerson Sott em 16/12/2009