Há cálculos que nunca devemos fazer,
São inúteis e nada nos oferecem.
Os momentos de infelicidade,
Nunca os contabilizei.
As lágrimas que derramei,
Assim que caíram, desapareceram.
As expectativas frustradas,
Sempre me abriram novas portas.
As decepções que tive,
Serviram-me de alicerce firme.
Os desejos que reprimi,
Só ficaram adormecidos.
A solidão que, ás vezes, visita,
Impulsiona-me a abrir o coração.
As pedras que fui encontrando,
Quando não as transformava
Em belas esculturas,
Eu as guardava para edificar castelos.