Solidão
Não foi a vida que me tornou insensata,
Não foi a vida que me tornou insensata,
Nasci assim, sem a mínima noção do que deveria fazer.
A cada obstáculo meu coração se dilacera.
Momentaneamente acredito que nunca...
Nunca mais vou conseguir recuperá-lo.
Mas, assim como aprendi a sofrer...
Aprendi que quando se sofre se está só.
Não dá pra dividir a dor,
Não há como ninguém dizer que vai passar...
É sua...
Naquele momento, nada pode impedi-lo de sentir.
Todas as dores vêm para nos tornar mais fortes,
Mas, enquanto sentimos...
É a fragilidade que traduz toda a incerteza
Do futuro que nos aguarda.
Sinto o frio tomar conta do meu corpo...
Como se precisasse de milhões de abraços
Para me aquecer.
Não consigo impedir que as lágrimas jorrem...
São elas que na verdade, me fazem companhia.
Não há ninguém a me oferecer lenços,
Ou colo que aqueça e as faça parar...
É inexplicável o que me dói no peito,
Agudo... forte...
Sinto-me presa a um futuro que desconheço...
A um passado que deixou marcas,
Carregando partes de mim.
Há um presente incerto, onde,
Como concha, escondo a pérola que antes reluzia.
Tantas pessoas... tantos momentos... A solidão.
Talvez seja esta a realidade,
Vida de cada um de nós...
Só nos damos conta, quando sozinhos,
Sentimos-nos atrelado a dor.
Wanderlúcia Welerson Sott
Enviado por Wanderlúcia Welerson Sott em 09/05/2008
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